"Fazer uma nova história com um outro rosto; sentir um outro beijo com o mesmo gosto nem sempre nos causa efeito igual ao que deixamos de possuir, independentemente do motivo. Porque esse sentimento não é eterno e duradouro ? Era cedo e não podia dar certo ? Será que para o amor e para amar, é necessário possuir uma idade certa, um tempo certo; ou simplesmente deve-se amar involuntariamente... Lá vem um outro dia frio e encoberto (triste e sozinho). Agora me pego aqui, olhando meu futuro incerto e lembrando do passado que era o que eu queria; perdido como alguém que não sabe o que quer, não sabe o que fazer, mentindo pra todos enquanto puder...
Então eu grito e me desespero, esperando que alguém me ouça, me entenda e me console. Se tudo o que fiz foi um erro, eu quero errar sempre assim; vivendo intensamente todas as boas situações ao lado de quem me fazia feliz.. Se isso teve um começo, ora então que tenha um fim; mas um fim com o qual eu sonho e imagino: perfeito e surpreendente.
Parece que o tempo passou e me deixou aqui parado, inerte a qualquer outra coisa. Me pergunto coisas diferentes e acabo respondendo coisas iguais; porque, como, e agora... Os dias não passam, a horas não passam, o que passa é somente a minha vontade de voltar no tempo e reaver tudo aquilo que um dia perdi, sem saber porque.. Eu quero tudo de novo, mais agora com um pouco de receio, com medo de cair de novo de joelhos; olho pro céu e me da tontura (esse medo me consome). Medo de talvez não chegar ao chão, mesmo sabendo que estou certo, mas... já perdi a razão.
Vivemos aprendendo a perder; vivemos aprendendo a esquecer... Mas os verdadeiros sentimentos nunca perdemos, nunca esquecemos. Os guardamos em lugar devidamente seguro, para que depois da turbulência, venha novamente a bonança e a oportunidade de se apaixonar de novo e outra vez; torcendo para que agora seja uma outra história com um outro rosto, um outro beijo com um outro gosto, o gosto verdadeiro do amor."
Por: Matheus Vasconcelos